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De pai para filho
A expressão ‘de pai para filho’, sempre trouxe o significado de carinho e podia representar uma característica física, traço de personalidade ou até mesmo uma herança, mesmo que fosse uma ‘imaginária’ herança política. O regime monárquico utiliza deste expediente para a manutenção do poder.
Em Alagoas, o futebol usa a expressão como um mimo, um capricho, mas com o revestimento claro também de manutenção de poder.
Este cenário é latente na Federação Alagoana de Futebol. Gustavo Feijó comandou o futebol alagoano por sete anos entre 2008 e 2015. Ao deixar o cargo passou o comando da casa do futebol para Felipe Feijó, seu filho e que já está no cargo há cinco anos.
Sempre que possível, o presidente Marcos Barbosa, fala que Gerônimo, seu filho menor de idade, seria o seu candidato a presidência do clube quando reunisse condições. Barbosa chegou ao clube em 2011 e portanto está próximo de completar uma década no comando do Galo.
O Sete de Setembro é um outro caso de administração absolutamente familiar. João Batista, eterno presidente do Sete passa a presidência para sua filha, mas se mantém no topo do comando do clube.
Este semana foi a vez de Rafael Tenório, presidente do CSA, flertar com a possibilidade de conduzir seu filho a presidência do clube azulino. Foi a primeira vez que ouvi Tenório tocar no assunto.
Existem problemas consistentes neste tipo concretizado de ‘monarquia’ na administração do futebol em Alagoas. O primeiro é passar a ideia de que o clube/instituição tem dono. O segundo, é que o pai coloca o filho no poder apenas para seguir o poder de mando, mesmo que o filho – em muitos casos, não tenha nenhuma experiência no aspecto administrativo. Por fim, o terceiro aspecto está relacionado a manobras que burlam a Lei 12.868/2013 que veda aos dirigentes esportivos ter mais de uma reeleição. Os dirigentes buscam também burlar, encontrando brechas dentro dos próprios estatutos das entidades. Outra prática recorrente é a antecipação de eleições ofertando um período mais longo ao dirigente.
Felipe Feijó usou deste expediente em 2017. Ainda no mandato exercido no primeiro quadriênio (2015/2019), Felipe antecipou as eleições e em 2017 foi reeleito para o quadriênio 2019/2023. A medida encontra respaldo jurídico mas é considerada imoral por grande parte da comunidade esportiva.
Mas o próprio segmento esportivo não se insurge contra estas perpetuações no poder. Além disto a própria Justiça não cobra de instituições a legislação vigente passando a clara ideia que o mundo do futebol é um ‘mundo à parte’ e que tudo pode.
A alternância de poder é uma prática irrefragável, pois quebra com a ideia central de manutenção no poder através da passagem de bastão de pai para filho, de que aquela instituição e/ou clube tem um dono.
Em Alagoas, o futebol usa a expressão como um mimo, um capricho, mas com o revestimento claro também de manutenção de poder.
Este cenário é latente na Federação Alagoana de Futebol. Gustavo Feijó comandou o futebol alagoano por sete anos entre 2008 e 2015. Ao deixar o cargo passou o comando da casa do futebol para Felipe Feijó, seu filho e que já está no cargo há cinco anos.
Sempre que possível, o presidente Marcos Barbosa, fala que Gerônimo, seu filho menor de idade, seria o seu candidato a presidência do clube quando reunisse condições. Barbosa chegou ao clube em 2011 e portanto está próximo de completar uma década no comando do Galo.
O Sete de Setembro é um outro caso de administração absolutamente familiar. João Batista, eterno presidente do Sete passa a presidência para sua filha, mas se mantém no topo do comando do clube.
Este semana foi a vez de Rafael Tenório, presidente do CSA, flertar com a possibilidade de conduzir seu filho a presidência do clube azulino. Foi a primeira vez que ouvi Tenório tocar no assunto.
Existem problemas consistentes neste tipo concretizado de ‘monarquia’ na administração do futebol em Alagoas. O primeiro é passar a ideia de que o clube/instituição tem dono. O segundo, é que o pai coloca o filho no poder apenas para seguir o poder de mando, mesmo que o filho – em muitos casos, não tenha nenhuma experiência no aspecto administrativo. Por fim, o terceiro aspecto está relacionado a manobras que burlam a Lei 12.868/2013 que veda aos dirigentes esportivos ter mais de uma reeleição. Os dirigentes buscam também burlar, encontrando brechas dentro dos próprios estatutos das entidades. Outra prática recorrente é a antecipação de eleições ofertando um período mais longo ao dirigente.
Felipe Feijó usou deste expediente em 2017. Ainda no mandato exercido no primeiro quadriênio (2015/2019), Felipe antecipou as eleições e em 2017 foi reeleito para o quadriênio 2019/2023. A medida encontra respaldo jurídico mas é considerada imoral por grande parte da comunidade esportiva.
Mas o próprio segmento esportivo não se insurge contra estas perpetuações no poder. Além disto a própria Justiça não cobra de instituições a legislação vigente passando a clara ideia que o mundo do futebol é um ‘mundo à parte’ e que tudo pode.
A alternância de poder é uma prática irrefragável, pois quebra com a ideia central de manutenção no poder através da passagem de bastão de pai para filho, de que aquela instituição e/ou clube tem um dono.
Marcelo
Excelente matéria e ao contrário dos Estatutos e leis que permitem ou deixam brechas(propositais)pra que essa vergonha aconteça,vc Marlon nao deixou brecha pra nada,nem pra qualquer outro entendimento que nao seja o fato de que esse pessoal enoja o Futebol Alagoano e que muitos sao coniventes,omissos ou compactuam com essas nojeiras.De todas as qualidades de um Homem a Coragem sem dúvidas é uma das maiores,um ser humano covarde,omisso,medroso nao muda nada no seu mundo,muito menos no mundo dos outros,se nao fossem os corajosos do passado vc sequer teria escrito essa matéria,os covardes/omissos apenas passam pela vida e vc demonstrou coragem.Por mais matérias com esse foco(sempre que se fizer necessário),ao contrário do que alguns infelizmente acreditam, o futebol,o esporte em geral,nao é um mundo a parte,tudo tá interligado,a sua matéria hoje é muito mais politica/Jurídica que esportiva e é assim que deve se comportar um Jornalista/cronista/Blogueiro diferenciado,de medíocres e bajuladores o Jornalismo já tá cheio “Jornalismo é publicar aquilo que alguém nao quer que publique o resto é publicidade” e vc nunca foi medíocre em nada que fez,nao seria falando de esporte que isso mudarias.Parabéns
Ricardo Soares
Excelente!!!
São essas matérias que nos dá uma esperança de termos um ALGO NOVO de verdade no Nosso Futebol Alagoano.
Parabéns pelo Texto Marlon.
Edvaldo Alves
Essa prática talvez tenha sido inspirada no modelo político onde os parlamentares a utilizam se eternizando no poder. Temos vereadores com o mesmo nome, de avô ao neto. Prefeitos vão de geração a geração. E quando se fala de escalas maiores, aí já viu. Deputados, senadores, governadores. No futebol menos mal quando se observa estarem os clubes bem cuidados. Na política é que dói quando, principalmente, os formadores de opinião afirmam que o povo não sabe votar. Infelizmente esses destruidores do país é que são esse “belo exemplo!
ANSELMO CARVALHO DE OLIVEIRA
Concordo com Marcelo, excelente texto, não ficou uma brecha para questionarmos, parabéns Marlon.
Alves
Matéria, deveria ficar assim :
“Os coronéis do futebol.”