Dois meses sem mudanças – Blog do Marlon
Verdade, meia-verdade e encaminhamentos no CSA
Cotas iguais, parcelas pagas, desconto de 30%. Os bastidores da Série B pegam fogo

Completamos exatos sessenta dias do primeiro decreto governamental que suspendeu as partidas de futebol em Alagoas em virtude da Pandemia de COVID-19.
Daquele segunda-feira, 16 de março até este domingo 17 de Maio, não se avançou. O futebol segue sem realização das partidas, sem uma previsão de datas para retorno, sem a certeza do que será o futuro. Afinal de contas, o questionamento na bolha do futebol é: teremos o retorno do Campeonato Estadual?
Esta pergunta não foi respondida ainda por ninguém no mundo do futebol. Existem desejos, opiniões, avaliações positivas ou negativas.
Cabe historiarmos todo este processo temporal para o nosso internauta entender os pontos-chaves desta questão:

  •  No domingo dia 15 de março, a CBF definiu a suspensão de todas as competições organizadas por ela em âmbito nacional. Já ali, poderia ter estendido a decisão para as competições também das federações, mas deixou à cargo das entidades estaduais a suspensão. Imediatamente a FAF, ainda no domingo, tratou de acelerar o alagoano. Antecipou jogo, buscou a todo custo fechar a competição. Sem tomar a decisão de seguir a CBF, na segunda, a FAF viu-se obrigada a acatar a decisão do Governo do Estado, suspendendo jogos a partir daquela data.
  •  A partir deste momento aconteceram prorrogações dos decretos e a FAF começou a acompanhar as decisões do Governo com atos administrativos que mantinham a suspensão por mais 15 dias e depois por mais 15 dias e mais quinze dias. O ASA, antes mesmo do fim do primeiro prazo de 15 dias, suspendeu os contratos dos seus jogadores. Em meio a isto, a FAF apresentou a todos nós uma campanha de marketing infeliz, extemporânea e sem propósito. A campanha anunciava um crime – o roubo da taça do campeonato alagoano – e plantou uma fake news. Pouco depois do lamentável incidente, a casa do futebol informou que era apenas uma sacada de marketing, que buscava mostrar a resistência pelos estaduais.
  • Mas os clubes não tinham como se sustentar, resistir sem apoio financeiro. Apenas CSA e CRB tinham um pouco mais folego para aguentar a paralisação da competição, a queda – praticamente completa dos patrocinadores, a ausência de arrecadação por bilheteria e uma queda brutal, mas não total, dos associados aos projetos de sócios dos clubes. Veio então, a tão sonhada ajuda financeira. Mas a ajuda trouxe recursos apenas para dois clubes dos oito clubes da 1ª Divisão e para a própria FAF. Aqui cabe uma explicação: CSA e CRB tiveram a possibilidade de receber uma parcela dos recursos da Série B, ofertados pela CBF, mas a titulo de ‘antecipação’ e não de doação. Os dois juram que não receberam nada, não pediram esta parcela a CBF. Parecia justo que a FAF dividisse o valor recebido com os outros quatro clubes que não receberam nada – ASA, CSE, CEO e Murici – mas a FAF apressou-se em informar que o valor sequer cobriria as despesas fixas da entidade por dois meses. Os clubes voltaram a ficar na estaca zero.
  •  Após tudo isso, os clubes começaram a sinalizar que não teriam condição de retornar. A FAF trabalhava a paciência dos clubes e seguia acreditando que o campeonato voltaria. Com alguns ensaios nacionais, a FAF entrou na onda. Criou um grupo de trabalho para criação de um protocolo que pudesse orientar o retorno quando as autoridades de saúde autorizassem. A FAF mudou a posição, procurou se alinhar com o Governo, mas n ão conseguiu o retorno. Em meio a isto chegamos ao final do mês de abril, a data da final do alagoano, 26, foi para o espaço. Os clubes passaram a dar férias para os jogadores, diminuir o valor do salário dos jogadores e os clubes do interior, reforçaram a ideia de que não existiam condições para o retorno do futebol e mais, com o fim do mês de abril, todos os times – exceto CSA e CRB – liberaram os jogadores porque os contratos já haviam acabado. E sem esquecer que uma pressão do Governo Federal e dos grandes times, a CBF chegou a autorizar o retorno dos treinamento a partir de 1º maio e sugerir a data de 17 de maio como reinicio dos jogos. Hoje, exatamente no dia 17, nenhum, repito e reforço, nenhum campeonato no país retornou.
  • A cada dia que ampliamos o período de suspensão aumentamos a dificuldade do retorno do futebol, ao menos para os estaduais. Se os clubes do interior não tiverem apoio financeiro, não voltam. O implemento do protocolo é praticamente impossível para os times do interior, inclusive com a ideia de quem irá pagar os testes. A cada dia se fortalece a ideia de que o estadual possa ser empurrado para o final do ano, entre novembro e dezembro. Defendo este ideia, desde que, tenhamos controlado a pandemia, mas o ritmo deste ‘jogo’ quem irá ditar é o vírus. Enquanto isso contamos prazos, 60 dias sem futebol, contamos vítimas – somente em Alagoas, 199 óbitos – até ontem no boletim epidemiológico divulgado pelo Governo de Alagoas. É hora de seguirmos em alerta, protegermos vidas e rezarmos para que em breve possamos tentar voltar a normalidade, mas até isso, sem o futebol.
  • Luiz R S Filho

    Marlon e Amigos….situação ainda indefinida acerca da extensão – avanço ou regressão – do Covid-19. Hoje foi reaberto o futebol na Alemanha, mas sinceramente – sem graça. O calendário do futebol em 2020 no Brasil e nas Américas está comprometido. A competição do momento é o embate V´írus x Vidas. Essa taça/título será vencido com a sua receita…”É hora de seguirmos em alerta, protegermos vidas e rezarmos (com fé) para que em breve possamos tentar voltar à normalidade, mas até isso, sem o futebol”.

  • Santos

    Brasileiro , Copa do Brasil , Copa do Nordeste e Estaduais esse Ano ? Acho muito dificil e ainda tem a Libertadores , só vejo cenário Pra uma competição , no maximo duas , o” BRASILEIRO e LIBERTADORES ” até fevereiro de 2021 .

  • TutanCãmon

    Esqueçam 2020!
    Ano cruel com a população mundial!