Um tem o que o outro não tem? – Blog do Marlon
Queda, passo atrás e a necessidade de reencontrar o caminho
Em noite preguiçosa, CSA desrespeita 6 mil torcedores e faz jogo sonolento contra o Murici

Domingo, 03 de fevereiro. Estamos rigorosamente a sete dias do 1º clássico do ano entre CSA x CRB. Em 2019, o clássico terá um ‘sabor’ ainda mais especial. Isto porque após longos anos amargando derrotas, o CSA defenderá o status de campeão alagoano. Também estará como o único time de Alagoas na Série A.

Isto sem dúvida nenhuma irá acirrar ainda mais a disputa, a rivalidade nesta temporada. Imagine o que será para o CRB voltar ao status de campeão alagoano, se bater o CSA – eles podem não fazer a final, é bom deixar claro, com a equipe azulina estreando na Série A uma semana depois.

Ainda poderemos ter a afirmação do CSA como bicampeão alagoano e novamente sobre o CRB – repetir que os dois podem não fazer a decisão – assegurando um bicampeonato em uma sequência de parece perfeita com acessos e títulos.

Mas com algumas partidas disputadas, jogadores observados e os primeiros resultados em campo, uma pergunta é feita pelos torcedores: quem é melhor? Quem contratou melhor? O que é que meu time tem que o rival não tem?

Analisando os primeiros jogos tentei responder algumas destas perguntas para o torcedor, para o internauta.

O que o CRB tem que cairia como uma luva para o CSA? Entendo que uma das principais carências do CSA é ter um homem de velocidade, um extremo, um ponta como se falava antigamente. Hugo Sanches cairia como uma luva no time azulino. Ele garante profundidade, arrasta a marcação e dá o desafogo que o CSA não tem pelos lados de campo. O Galo também tem o volante Ferrugem, que ataca espaço, faz a função box to box (joga de área para área) pois o CSA tem dois volantes que não atacam espaço e jogam em linha.

Mas a ‘provocação’ também surge no outro lado. O que o CSA tem que o CRB não possuí. Vejo duas situações claras. A primeira é o meia Matheus Sávio. O CRB não tem um jogador com a dinâmica, com a intensidade, com a individualidade pelo corredor central.  O Azulão também tem um atacante de área, Patrick Fabiano, que incomoda a defesa, que dentro da área é efetivo e põe a bola para dentro.

No CRB, Danilinho e Zé Carlos podem ofertar o que o CSA tem que o Galo não tem? E no CSA Jhonatan, que sequer estreou, pode ser o volante que o CSA precisa? E o homem de beirada que faça o que Niltinho fez bem e que Hugo Cabral e Neto Berola fizeram – a duras penas – no ano passado? Está no elenco? É Hiago?  ou o CSA precisará contratar?

Outras perguntas foram feitas. Até agora o CRB teve apresentações mais contundentes que o CSA, principalmente, na Copa do Nordeste, nos jogos contra Bahia e Ceará. Isso não oferta ao Galo uma vantagem competitiva, mas mostra que o CRB parece tem evoluído mais rápido.

Em relação a contratações as características são diferentes. O CRB trouxe jogadores mais novos do que nos últimos anos, alguns com rodagem e já experimentados. Mas também buscou algumas apostas, que ainda não se adaptaram ou não demonstraram o potencial. Já o CSA apostou em uma base, formou um time considerado titular que reputo como competitivo e busca peças no elenco que possam manter o nível dos titulares.

Queria ouvir o internauta. Deixe sua opinião, discuta o tema e faça a interação comigo

  • um ALAGOANO

    Bom Marlon eu gostei do CRB no jogo contra o Ceará, fui ao trapichão e vi uma evolução muito bacana, momentos na partida que me deixaram animado pois o time passou confiança, nosso técnico mostrou que tem o time na mão e gosto muito da maneira que ele comanda um grupo, firme e com pés no chão e sem privilégios.

  • Nilton

    Marlon, sou azulino, fui a todos jogos do CSA este ano e assisti pela tv os jogos do crb, e infelizmente heguei a uma conclusão que o vermelho esta muito melhor organizado e competitivo que o meu AZULÃO.

  • ivo

    O csa ainda é o favorito, se não tem a melhor campanha no alagoano mais é o vice campeão
    ao da serie B, tem um melhores times do nordeste assim a sua torcida ver. Aqui pra nós, tá muito caseiro.

  • Felix

    concordo com você , o CSA nao contratar o ferrugem foi um erro tipico da soberba , que antes era do presidente do CRB, mas foi copiado pelo RT. Sinto muito ,mas roni , ramon, amaral , estamos reticentes.

  • kirus

    csa 3 x 1 CRB no primeiro classico e se ficar puto é pior.

  • joão vitor

    Muito interesante o post , creio que é por ai . na seleção dos dois eu escalava assim : João carlos , celsinho , welington Carvalho ,Castán e Igor. Mateus Silva, Ferrugem ,Mateus Sávio. No ataque Hugo sanches , Patrick Fabiano e Didira.

  • Ewerton

    Marlon, sua análise foi perfeita e direto na veia. Esse ano o CRB mostra inicialmente que aprendeu com os erros de 2018 e deu início as correções para brigar pelo Alagoano e por uma possível Copa do Nordeste. Já o CSA com o sucesso dos últimos anos deixou a “fama” subir para a cabeça. Como torcedor do CSA, vejo que esse ano não temos perspectiva para ganhar nada, e digo mais, Marcelo Cabo não deveria ter renovado!

    • fernando

      Ewerton, falar que Marcelo Cabo nao devia ter renovado é um absurdo. O cara é um baita treinador e levou o Azulão a um patamar nunca alcançados por times alagoanos. O engraçado é que tem torcedor que só dá pitaco contra. Quando jogava a série B “pitacava” que o time era mediocre, ai fomos vice campeoes. Isso depois de um titulo tbm inedito da série C. A fama não subiu a cabeça de ninguem, Ferrugem, Michell, Edinho, ….. eram jogadores até então desconhecidos e encostados sem clube, o CSA resgatou, levantou e a resposta foi um Tchau no primeiro convite de outro clube. Pois fiquem na galinhada e jogem a B, confio no trabalho do M. Cabo e nessa diretoria. A melhor de todos os tempos. Abraço!!!

  • Nivaldo

    Quando o CSA o papão de títulos e maior de Alagoas vencer o clássico todos vão saber quem é o melhor.

  • Fabricio Feitosa

    Excelente análise, bem coerente com o que foi apresentado até aqui! Estou gostando da nova cara do time do CRB, acredito que temos um time competitivo e que ainda irá evoluir bastante.

    Sem dúvida teremos um grande clássico e que a “batalha” seja apenas dentro das 4 linhas, com duas equipes buscando a vitória (que vença o Galo!), e que seja acima de tudo o clássico da PAZ, com as duas torcidas no estádio.
    #PazNosEstadios

  • ANTONIO MARTINS

    É tudo início de temporada. Não dá ainda pra se fazer uma avaliação tão detalhada assim.

  • Santos

    Os dois estão no início da temporada e não se pode dizer que estão 100%, mas a cada jogo, os times se encaixam e melhoram no rendimento dentro do campo. Mas a realidade é que o time do CRB está rendendo mais, até porque melhor contratou, na minha opinião. CSA e CRB pecam em não manter o mesmo time na sequência dos jogos, demorando mais no entrosamento. Mas clássico é clássico e nem sempre quem está melhor consegue vencer.

  • ricardo

    Nada disso , Marcelo Cabo não está preocupado com essas batalhas, vence as guerras .

  • André

    Por que não publica todos os meus comentários? Fica publicando aleatoriamente alguns e outros simplesmente são ignorados, não entendo.

    • ivo

      André, vc não sabe direcionar seu comentário e pensa que não esta sendo publicado.

  • Azulino

    Caro Marlon, gostei do chamamento aos torcedores sofre o tema apresentado.
    Nesse domingo, nossos times jogaram pela 3° rodada do Copa do Nordeste. O meu CSA venceu a Bolívia querida, no Maranhão pelo placar de 3X0 e o CRB empatou em Maceió com o Moto Clube. Detalhe: o CSA jogou bem e foi beneficiado com uma má do Sampaio Correia desde que conquistou a última Copa do Nordeste. Já o CRB, enfrentou um Moto Clube bem arrumado e, segundo o seu treinador, eles já vêem trabalhando desde 1° de dezembro de 2018. Daí, se tira uma óbvia conclusão: ainda é cedo para analisar qual dos nossos maiores clubes alagoanos estão em um pantamar maior ou menor em relação às competições que ambos se apresentam, justamente por levar em consideração o início de seus trabalhos: começo de janeiro desse ano.
    Aliás, é bom deixar anotado aqui, que o “poderoso” time do Santos/SP sofreu uma surpreendente goleada do time do interior paulista, o Ituano, pelo placar de 5X1.
    Os nossos clubes estão se formando e aos poucos evoluindo para um melhor futebol. Com certeza, o Campeonato Alagoano de 2019 trará muitas emoções para os torcedores.
    Saudações azulinas

  • José A de Oliveira

    Marlon, não sei qual é o seu objetivo com essa matéria, tirar jogadores do CRB? Todos sabem que o CSA tem o orçamento maior por está na série A. Eu me atenho sobre o jogo de ontem do CRB, parece que o time não treina, meio de Campo sem criatividade e sem aproximação não abrem espaço aceitam marcação quando alguém está com a bola não aparece o outro para receber e envolver o adversário. Alguém pode dizer que o time está invicto, mais só tem vencindo os times pequeno as duras penas como aconteceu contra Jaciob onde jogadores mostrarão que não tem categoria dando chutões para onde o nariz apontava. Pela entrevista do treinador ontem apóso jogo percebe-se que não tem muito equilíbrio emocional ou tem proposta de outra equipe. Seria bom a diretoria do CRB ficar esperta e ter alternativas para não acontecer como o diretor de futebol que saiu de repente. Enquanto CSA começou mal com derrota, o time já tem um padrão de jogo e está subindo a olhos vistos porque tem um treinador inteligente e equilibrado. Enquanto o CRB ao contrário começou bem e começa a cair de rendimento sem ter um padrão de jogo, vai ter um momento que vai perder isso é fato, mais com padrão de jogo fica fácil se recuperar sem padrão fica muito mais difícil dá sensação que até as vitórias foram por acaso.

  • thiago

    Marlon, no momento, crb tá mais organizado como equipe. Não houve invenção, boas ou ruins. O Fernandes tem um modo de jogar relativamente comum, mto claro e já conhecido. Fernandes, pelo que tenho acompanhado, tem se mostrado excelente gestor de grupo, mto esforçado e tem procurado fazer o CRB competitivo através de uma boa execução do simples e já conhecido. Sem inovações táticas que já não sejam bem conhecidas no mundo do futebol, sem improvisos difíceis de realizar. Devemos esperar o tempo passar para ver se isso se mantém, ver se Fernandes “inova” aqui e ali etc. Para o momento e considerando os objetivos do CRB no ano, entendo que é isso mesmo o que deveria ser feito.
    Já o csa tem tentado algo mais difícil: jogar num 4-2-3-1 sem um ponta de ofício. Imagino que o cabo queira com isso montar um time defensivamente mto forte, mas com mta velocidade. É sabido que um 4-2-3-1 com 2 meias pelas pontas vira time sem profundidade. O comum é ter um meia de um lado e um ponta do outro. Mas Cabo busca fazer sua “invenção” dar certo. É possível? Didira é mto inteligente taticamente, mas sua principal característica não é o enfrentamento “1×1” nas pontas (embora tbm na seja ruim nisso). No que diz respeito à saída de bola, aí sim, Didira dribla e toca muito bem…mas, naturalmente, busca ser mais um construtor de jogadas que aquele cara que vai receber a bola lançada, em velocidade, no campo de ataque (embora tbm faça isso bem. Didira é foda!). Já na adaptação do Régis está o grande “x” da questão. Apesar de claramente polivalente, ainda deixa a desejar qdo tem de realizar a função de meia numa jogada. Apresenta-se pouco, com pouca movimentação, para realizar o jogo apoiado no meio de campo. Exemplifico: num espaço pequeno, numa tabela curta com um lateral, é comum ele tocar a bola para o lateral e movimentar-se de forma previsível, não correndo para atacar o espaço vazio. Pode melhorar nisso? pode, mas não acredito que ele possa desempenhar esse papel com a perfeição de um Didira, por exemplo. O quesito no qual acredito que ele possa evoluir bastante (e parece ser esse o trabalho que o Cabo tem feito com ele) é o desempenho do papel propriamente de um ponta, que procura jogar num espaço maior do campo, imprimindo velocidade, com a característica do drible. Mas aí vejo outro problema: o Régis não é leve como um Niltinho, Berola, Hugo Cabral … o Régis não é tão rápido nas primeiras frações de segundo em que está com a bola (como esses pontas que mencionei), o que dificulta sair da marcação adversária. Como ele tenta compensar isso? com habilidade, que ele tem de sobra, mas que parece prevalecer quando ele recebe a bola já de frente para o adversário. Esse é um dos problemas a serem resolvidos. Como penso que isso pode melhorar? Quando ele receber a bola de costas, penso que ele deveria buscar logo tocá-la, rápido. Para isso, ele precisa saber trabalhar bem como meia (que é outra dificuldade dele, conforme já assinalei) e ter sempre alguém por perto. A outra maneira de ajudar nessa situação é o time ter um segundo volante que construa melhor as jogadas, que tenha a característica de sair em velocidade, fazendo ultrapassagens, ou até mesmo realizar um drible fácil na intermediária de defesa. O elenco é pobre nesta posição e o Cabo aparentemente espera que o Jonathan cumpra este papel (Mauro Silva ainda não poderia desempenhar esta função, aos olhos do Cabo). Tendo um segundo volante com essas características, naturalmente abrem-se espaços na saída de bola, aumentando as chances de o Régis receber a bola já com mais espaço e de frente para o adversário. O problema da saída de bola é também impactado por causa do lateral Pedro Rosa, que ainda não convenceu neste aspecto. Melhorando a saída pela lateral esquerda, da mesma forma a adaptação do Régis melhora (vez que não terá de ser ele a válvula de escape, o que seria de se esperar de um ponta “clássico”). E aí chegamos ao outro ponto do trabalho que o Cabo parece estar buscando imprimir ao CSA. Já que o time não terá o ponta clássico que funciona como válvula de escape e já que o centroavante não tem também como característica reter a bola longa lançada pela defesa (como eram Michel e Walter), a equipe terá de sair tocando de seu campo, seja para construir um contra-ataque em alta velocidade (Mateus Sávio ajudará demais nisso), seja simplesmente para se livrar da marcação à pressão do adversário (o que depende muito dos zagueiros, laterais e volantes). Para isso, é aconselhável que o jogador que está com a bola tenha sempre mais de uma opção de passe e, por isso, todo mundo precisa saber “sair jogando” e se apresentar para jogar. Daí a necessidade de zagueiros, volantes e laterais que saibam construir jogadas saindo do campo de defesa. Mas sabemos que isto não é tarefa fácil. Exigem-se muito treinamento, paciência, alta concentração neste momento do jogo, jogo coletivo… Se o CSA conseguir implementar isto, será sua principal característica como equipe. Depende disso o sucesso ou o fracasso dessa tentativa do Cabo. É assim que ele buscará jogar a série A. É para isso que o trabalho está direcionado. Pensando nisso, Cabo parece ter escolhido zagueiros que saibam tocar bem a bola, como Castan e Gerson (Rony ainda não foi bem. Vamos ver como Leandrão voltará. Não sei o que dizer ainda do Vital). Já a insistência com Pedro Rosa é o ponto que não entendo. Se é necessário ter uma saída de bola qualificada, por que não entrar com o Rafinha? Se considerarmos que há proteção o suficiente – ao menos um volante e régis ou didira para ajudar o rafinha na marcação -, a escolha do Pedro Rosa torna-se ainda mais questionável. A única vantagem em escalar o Pedro Rosa seria o jogo aéreo do adversário, que pode fazer jogar alguém bom de cabeça em cima do Rafinha (algo que foi tentado várias vezes no ano passado – lembro agora do jogo contra o coritiba lá em Curitiba e o jogo contra o Avaí em Maceió). Mas não acho que isso seja o suficiente para manter o Rafinha no banco. Mas, enfim… Cabo e sua comissão deve saber o que está a fazer. E acho que eles têm mérito o suficiente para serem dignos de confiança. Do que foi mostrado até agora, entendo também que o Victor Paraíba foi aquele dos “reservas” que já deu ótimos sinais. O goleiro Fabrício tb foi bem. Precisamos esperar para os demais terem mais oportunidades e avaliarmos.
    É isso.
    Abraços!

  • Manoel Messias de Souza Rabelo Messias Rebelo

    Grande Marlon,
    Voltando ao seu comentário a respeito da não ré-contratação do ex jogador do CSA Ferrugem;
    Quanto a capacidade do Ferrugem não devemos discutir, pois ele é sensacional em campo, porém agora entendo o porque
    da Diretoria do CSA não ter ido em busca da sua ré-contratação.
    Simples,
    Ele não fica por algum tempo em um clube, vive sempre pulando de galho em galho, e sempre no momento em que o clube mais precisa, como agora no caso do CRB.

  • ivo

    Ganhou quando não era importante e perdeu quando precisava vencer .Futebol é isso,
    bola na rede. Pronto, agora só no próximo ano. Quem vai ficar com o prejuízo?Bem, o estrago é grande, e agora é só lamento, aliás mais um time sem serie para eliminar o csa. Um abraço torcia maruja e até o próximo ano.

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