A proximidade com o título e a necessidade de uma grande organização
O CSA conseguiu uma vitória muito importante na briga pelo título de campeão brasileiro da Série C. Ao derrotar o Fortaleza em plena Arena Castelão, na capital cearense, por 2 a 1, o time azulino deu um passo muito importante para buscar o título.
Como vale o gol fora de casa, o CSA será campeão com qualquer nova vitória, com um empate e se perder por 1 a 0. Se o Fortaleza vencer, repetindo o placar do 1º jogo, disputa nas cobranças de tiros livres diretos e qualquer outra vitória do time cearense que não seja por 1 a 0 ou 2 a 1, título para o Leão.
Tão importante quando a proximidade de conquista do título será a capacidade de organização que FAF, CSA e Governo do Estado precisarão mostrar. O jogo será mostrado e chamará a atenção de todo o Brasil. Precisaremos ofertar uma condição de logística para o torcedor, ter a capacidade de evitar qualquer invasão de campo em caso de conquista, receber bem e com segurança o torcedor visitante e fazer com que todos os aspectos do jogo fora de campo possam fluir de maneira positiva.
O Jogo
Foi uma atuação digna de um grande finalista. O CSA foi inteligente, estratégico e soube jogar a decisão aplicando todos os conceitos que o futebol exige. A equipe azulina jogou, marcou, fez uma marcação forte, conseguiu transições em velocidade, teve um maestro para comandar, ditar o ritmo, descobrir as jogadas certas, apresentou atletas se infiltrando como ‘homem surpresa’, jogadores mostraram maturidade.
Logo no começo ficou evidente que o CSA precisaria travar os lados do Fortaleza, pois neste setor, o time cearense apresentava suas maiores qualidades. Neste aspecto, os extremas azulinos (Marcos Antonio (11) e Edinho (7)) teriam um papel fundamental e até mesmo seriam sacrificados para fazerem o balanço defensivo. Não se contava com Rafinha (6) tomando um cartão muito cedo (15 minutos), fato que fez o lateral diminuir a agressividade na marcação. Com isso Pablo, de maneira inteligente, começou a infiltrar pelo lado esquerdo e criar os principais riscos para o Azulão no jogo.
Por alguns momentos no primeiro tempo, Dick errou o posicionamento pelo lado direito, mas foi corrigido, ofertando ao sistema defensivo, uma característica de ter mais um homem alto, com capacidade de corte na bola área, que o Fortaleza também usou com insistência.
Mas o CSA também mostrou ousadia e soube atacar com qualidade e na hora certa. O primeiro gol azulino é uma jogada para usar em um manual de criação ofensiva. O homem da bola (Daniel Costa,10) tem o domínio com diversas opções, a jogada lateral, de fundo com Edinho (7), o cruzamento direto para o homem referência (Michel 9) ou a infiltração de um homem surpresa, Dawhan (5), participando do momento ofensivo com qualidade. A última opção aconteceu, a marcação do Leão foi quebrada e Michel voltou a marcar em jogos decisivos.
No segundo tempo, o Fortaleza se atirou para pressionar o CSA. Mas veio na força, na pressão do torcedor, sem a organização necessária. Mesmo com o volume, com as tentativas de finalização e até mesmo com as finalizações que conseguiu, o Fortaleza não conseguiu a confiança que igualaria o jogo. Em um outro contra-ataque, com uma nova jogada de transição, o CSA voltou a fazer uma jogada clássica. Daniel Costa começou a jogada, encontrou o veloz Edinho sem marcação e na área dois homens fechavam. Um era Michel, nas costas da marcação. O outro era Dick, que surgiu como homem surpresa. Pablo (22 Fortaleza) acabou tentando afastar e jogou contra as próprias redes: CSA 2 a 0. No final, o Fortaleza encontrou uma jogada lateral, Gabriel Pereira tentou o toque, a bola bateu em Cristiano e foi para as redes, recolocando o Fortaleza na decisão.
A torcida do Fortaleza fez uma linda festa na Arena Castelão com mais de 40 mil torcedores. Ressaltar que é preciso por parte daqueles que organizam o jogo, mais respeito com a crônica alagoana. Fomos colocados em um local em que ficamos expostos aos torcedores do Fortaleza. Alguns mais exaltados vieram encarar e ameaçar o nosso trabalho, reagimos e depois surgiu a turma do deixa disso. A Polícia Militar do Ceará acabou nos dando garantia após o incidente.
No CSA vários jogadores se destacaram. Leandro Souza, Cristiano que não sentiu a pressão e fez um grande jogo, Dawhan, participando do momento ofensivo, Edinho, Michel, Daniel Costa sendo o garçom com duas assistências nos dois gols, mas o craque do jogo foi o goleiro Mota, frio, preciso e cirúrgico em lances capitais. O árbitro Wagner Reway fez uma arbitragem padrão FIFA e teve uma ótima atuação.
José Ernesto Perciano Costa
O CSA saiu do marasmo de muitos anos patrocinado por administradores incompetentes. O Sr. Rafael Tenório mostrou como se administra um clube de massa e sem dúvida, logo voltará a ser grande no cenário nacional. Fica a pergunta: O Estado de ALAGOAS está preparado para participar da elite do futebol Brasileiro? Tem estádio para isso? Tem uma federação capacitada para defender os clubes em ascensão? O Governo do Estado está preparado ou tem interesse em apoiar estes clubes? Será que já não está na hora de Alagoas que já forneceu grandes atletas para o futebol Brasileiro, mostrar o seu valor?
Mário Almeida
Boa Marlon ??
Sempre nos presenteia com uma análise técnica e muito didática pra nós q amamos o futebol mas não temos( falo por mim e outros amigos) essa capacidade de entender como um time é armado taticamente.
Glorioso
CASA rumo a série A.
Rodrigo Lins
Perfeita observação e parabéns para os 200 anos de alagoas esta festa no Rei Pelé que completa 47 anos.
SIMPSONS
RODRIGO LINS CONHECIDO COMO SIMPSONS! CSA precisa manter cabeça no lugar pra evitar uma derrota inesperada em pleno Rei Pelé aguardar os primeiros minutos do jogo pra matar o placar fazendo o gol de misericórdia !
Luiz R S Filho
Tenho mais preocupação com uma arbitragem ruim……porque no futebol, somos bem superiores ao Fortaleza….CSA hoje tem um plantel onde os jogadores estão focados….conscientes do ultimo passo ainda a ser dado. Não existe o “já ganhou” dentro de campo…..e sim dedicação, luta, garra e raça, em busca da taça.
Luiz Gustavo
É Marlon o C S A Tá vivendo novos tempos, com planejamento e organização estamos chegando ao objetivo maior. O título brasileiro da série C.
fruto desta diretoria e esse elenco que entendeu o desejo e necessidade desta fantástica Nação Azulina.Esse grito tá preso a muito tempo amigo.
Henrique
Se houvesse um manual pra jogar uma final de campeonato, diria que o CSA jogou com ele embaixo do braço. Foi um jogão!
No jogo da volta precisa de “pés no chão” e uma estratégia inteligente.
Aliás, gostaria de salientar aqui a decisão inteligente do treinador que, logo após fazer o segundo gol, retirou Daniel Costa e Edinho, mostrando sua capacidade de gerir a situação, sabendo que os dois são fundamentais para o jogo de volta e que, aquela altura, a vantagem construída já era muito importante, mas, que o jogo da volta é o que, por fim, decide o campeonato. Achei inteligente, mostrou capacidade que um técnico deve ter nessas situações.