Denúncia ganha corpo, pode se tornar processo e a necessidade de afastamento do denunciado – Blog do Marlon
Foi bom mas teve coisa ruim
Em Alagoas apareceu o Peru da Copa de 78

A denúncia de suspeita de manipulação na ‘normal’ goleada do Sete de Setembro sobre o Flamengo Alagoano por 17 a 0 já está nas mãos do procurador do TJD-AL, Talvanes Lins. Educador de berço, militando por vários anos no Colégio Madalena Sofia, Talvanes também militou na Federação de Basketball de Alagoas (FBA) e sempre demonstrou a correção nos encaminhamentos sobre os assuntos esportivos após ter ingressado no TJD.

Talvanes estuda a denúncia para tentar encontrar provas que possam materializar a abertura de um processo formal, sendo encaminhado para o Tribunal de Justiça Desportiva. Lembro que tudo deve ser feito sobre os princípios legais, com apuração, defesa para os acusados e chegar-se a um resultado que valorize a transparência no futebol.

Se a Justiça Desportiva está fazendo sua parte, a Federação Alagoana de Futebol através do presidente Felipe Feijó também precisa fazer a sua. Seria absolutamente necessário que João Batista possa ser afastado das funções da FAF enquanto o assunto estiver sendo resolvido. Esta medida atende a preservação da FAF, do próprio denunciado – até para que ele possa se defender – e a lisura do processo.

A imprensa não precisa crucificar ninguém, mas não é permitido se calar. Não existe ‘situações normais’, ‘tempestade em copo d’água’, ‘babaquices’ no caso. A denúncia é grave, requer uma postura investigativa, mas uma defesa comprometida pela amizade ou por interesses próprios destoa do objetivo da imprensa.

Tenho orgulho dos que estão tratando o assunto de maneira isenta, mas com a coragem, a indignação que o assunto requer. Orlando Batista trouxe a entrevista que levou a imprensa a todo o questionamento. Alberto Oliveira tem sequenciado o assunto com cobranças duras. Todos os companheiros de PSCOM também estão debruçados e indignados com o que aconteceu.

Surgiu neste período pós-denúncia uma cortina de fumaça, que é a denúncia de uma irregularidade em um jogador do Jaciobá. A denúncia é cabível e se houve um erro de um atleta jogar fora do BID precisa ser punido. Mas algumas indagações me incomodam. Porque a irregularidade aconteceu na 1ª rodada e somente agora foi revelada? Com a súmula eletrônica sendo usada também nas divisões de base e o nome do jogador sem estar na relação, como foi permitido ele estar jogando? O setor de registro tem Roque Júnior como o responsável. Roque já se envolveu em outras situações no minimo anti ética para função que exerce, sendo inclusive inscrito como jogador para viabilizar a participação de uma equipe. Porque João Batista sabia disto e não havia denunciado antes, sendo da FAF e tendo um envolvimento na competição? no comportamento daqueles que tem cobrado correção no processo.

A Federação Alagoana de Futebol (FAF) precisa tomar posições duras, mas posições concretas que possam limpar práticas antigas que levam a FAF para o comprometimento com coisas rigorosamente erradas dentro da entidade. Esta é uma ótima oportunidade para Felipe Feijó ‘quebrar’ uma hastag que tenho usado nos assuntos relativos a FAF: o novo já nasce velho. Se isso acontecer precisarei mudar a hastag e passar a usar: o novo quebrou o velho.

  • Jr. Malafaia

    Marlon, ouvi suas falas no PFC 2° tempo terça e ontem sobre esse caso vergonhoso e vejo aqui lhe parabenizar pela sua postura e correção. Continua assim é você vai longe!

  • Eduardo Macedo

    Momento ímpar para mostrar a credibilidade,ou não ,da FAF .Esperamos atitudes que realmente esclareça o ocorrido e não uma mergulhada dos fatos até seu esquecimento!!!

  • Luiz Carlos Belo

    Marlon, há alguns dias algumas coisas no futebol alagoano estão me incomodando. Aproveitando o gancho de seus comentários para emitir a opinião, com o máximo respeito a todos os profissionais da área e que pensam diferente. Mas, o fato é que o jornalismo/radialismo esportivo alagoano, salvo honrosas exceções, está carente de profissionais que buscam apurar o fato como de fato acontece, mascaram as situações levando desconforto aos que acompanham os noticiários e têm capacidade de separar o joio do trigo. A informação quando mascara a verdade é um desserviço prestado a população e tornam esses profissionais assessor de imprensa e não jornalista ou radialista, quer seja ao cobrir o clube ou a federação. Lamento! Espero que esta opinião, sirva ao menos para para reflexão. Att. Luiz Belo. Pode disponibilizar meu email para discordância.