Sabemos fazer, mas precisamos fazer com excelência – Blog do Marlon
CRB perde quando teve as melhores opções
Um jogaço e um balde de água fria na defesa do G4

Ao longo desta semana recebi diversas mensagens e solicitações em minhas redes sociais para me posicionar sobre um assunto: a presença do torcedor nos estádios alagoanos e como eles são tratados.
O espaço existente no portal TNH1 que eu assino também funciona como uma caixa de ressonância, com a interação com telespectadores, ouvintes e leitores. Por isso fui pautado pelos meus seguidores e vou escrever sobre este assunto.
Lendo uma postagem do professor Marcos Francisco Santos, blogueiro, torcedor e um homem com relacionamento muito próximo com a imprensa esportiva, ele elencou ou melhor escalou uma série de problemas e motivos para os torcedores não irem ou terem dificuldades de comparecerem aos estádios.
Entendo que há razões nos torcedores que reclamam dos tratamentos recebidos em cada partida. A entrada é difícil, a alimentação não tem qualidade, não existe conforto, a violência assusta, o uso excessivo de entorpecentes incomoda, a revista na entrada do jogo é questionada, tudo isso são motivos.
Mas nós já fizemos eventos qualificados, organizados e que tiveram uma referência positiva. Lembro de Copa dos Campeões e Jogos da Seleção Brasileira, inclusive de Copa do Mundo, quando recebemos uma partida pelas eliminatórias. É verdade que nestes casos, a organização era da CBF ou da empresa Sport Promotion, no caso da Copa dos Campeões, mas também é preciso ressaltar que a execução era nossa.
Na minha visão a diferença é que nossos clubes tratam os jogos com a mão de obra barata, muitas vezes desqualificada e com vicios. Quando são realizados os eventos aos quais me referi, são contratadas equipes profissionais para executar protocolos ou determinações que muitas vezes nós não queremos ou não adotamos.
A partida de amanhã entre CRB x Vasco que chama a atenção do Brasil pelo clube carioca ser uma equipe nacional, poderá ser uma ótima oportunidade de mostrarmos nossa qualidade. Acredito na capacidade do Alagoano em realizar grandes eventos, mas é preciso que os nossos clubes qualifiquem seus planejamentos e tragam pessoas mais profissionais, paguem melhor pela realização do serviço e que tenhamos melhores condições para os nossos torcedores.

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  • SAMPAIO

    Bom dia Marlon, o professor Marcos está coberto de razão, o cidadão de bem como sempre paga o preço muito alto para ser de bem,ficamos reféns da falta de organização, respeito.
    Torço pelo fracasso da seleção brasileira, e que ela leve junto o futebol decadente praticado em nosso país.
    Talvez isso provoque o renascimento.

  • Nilton Beltrão de Albuquerque Júnior

    Há tempos externo com amigos uma saga vivenciada por mim e que é também vivenciada por aqueles que apreciam o futebol local atrelados à paixão traspassada como sangue por gerações familiares.
    Ir ao Estádio Rei Pelé foi incorporado ao inconsciente como uma daqueles momentos de prazer, no meu caso, uma das oportunidades na qual eu e meu pai estávamos ali, juntos e unidos, num programa típico e inesquecível de pai e filho, comungando o mesmo interesse.
    No entanto, recentemente, a consciência decorrente do amadurecimento humano e das experiências pessoais despertou e comecei a questionar a manutenção desse programa, diante do enredo fático que passo a narrar a seguir, o qual me sugere que ir ao estádio “ é improvável, é impossível”.
    Em tempos de inserção virtual plena, soa arcaico compelir ao consumidor ir procurar ingressos em pontos espalhados pela Capital, muitas vezes, até mesmo com a necessidade de custear o estacionamento. Lá, pode ser que a atendente disponilizada pelo time mandante tenha saído para o lanche, quando, então, o entusiasmado torcedor passa a aguardar o retorno ansiosamente. O entusiasmo pode ser fragilizado com uma pitada de frustração, quando a moça informa que está aguardando uma nova carga de ingressos que está para chegar não se sabe quando. Isso para não falar em partidas decisivas, quando há formação de fila.
    Então, após essa primeira batalha e chegado o dia do evento o torcedor parte para o estádio. Suas alternativas são: ir de ônibus, sob a ameaça de janelas serem quebradas e os fragmentos de vidros lhe tocarem, ou ir de carro. Na segunda hipótese, poder-se-á deixar o veículo a uns 500 metros do local, a fim de evitar um desgastante embate com flanelinhas que tentam lhe extorquir com bilhetes de R$ 10,00 ou acessar o estacionamento do Estádio. Recentemente, por usar um adesivo, sim, apenas um adesivo, pois já havia adotado todas as cautelas possíveis para não identificar o time para qual torcia discretamente, um conhecido teve seu carro danificado pelos vândalos de uma quadrilha organizada com cores de time – alguns mencionam torcida organizada. Pontue-se que os vândalos são patrocinados pelos clubes que doam ingressos, combustível, entre outros, para que eles possam afugentar os verdadeiros torcedores. É interessante notar que, para aqueles que deixam o veículo na rua, não iriam percorrer o trajeto pela calçada, é lógico, pois o certo por ali é andar na rua, e os carros é que ficam na calçada. Então, de certa forma, o torcedor vira jogador e vai driblando motociclistas e motoristas, além de mesas e cadeiras de bares, sob a luz do luar, pois a iluminação pública equivale, no máximo, a um candieiro.
    Mas, conseguiu-se chegar ao Estádio. Um amigo relaxado, deixou para comprar o ingresso na hora, vai à fila. Que fila!!! Surgem outros vândalos que não podem esperar e sobem em grades e passam por cima e comprar o ingresso e saem e vc lá boquiaberto. Vai entrar no Estádio, passa-se por uma catraca que dá idéia de que está se entrando numa penitenciária desativada. Lógico, que o ingresso é recibo de forma manual por um sujeito que não lhe dá nem um boa noite. Sobe-se uma rampa e é revistado por um policial, que, muitas vezes, também agir de maneira grossa. Se foi para cadeira numerada, as poucas que sobraram, já que a maioria está interdita há mais de ano, chegue cedo. É que por lá alguns ganham cortesias e estes chegam cedo, espalhando de rádio, chinelo, celulares, chaves, o que possuir em mãos, para guardar o local de seus amigos, quando eles chegarem. Desse modo, é melhor comprar a arquibancada mesmo, ante o risco de não ter cadeira para sentas e ter pago mais caro. Ah!!Sentar na arquibancada, nada disso. Você fica em pé, porque na sua frente tem um corredor que passa gente e na frente do corredor, alguns jovens torcedores sobem nas grades, assim, nem em pé, vc consegue ver. Peça, por favor, dá para descer, eles respeitam, muito embora demonstrem sua contrariedade no semblante do rosto. É intervalo, que ir ao banheiro? Não vá. São insalubres e o risco de contrair uma dessas doenças da moda é consistente. Comida, não há lanchonetes, mas apenas ambulantes comercializando alimentos sem qualquer higiene ou garantia de procedência. No final do jogo, você pode ser obrigado a esperar a torcida do time que não é o seu e depois sair saltando a urina que desce pelas rampas. E o martírio do retorno, recomeça, sempre com exposição à desenfreada violência, valendo frisar que amanhã vc tem que acordar cedo e já passa da meia noite.
    Recordo-me que a torcida Baiana ao vir ao Rei Pelé adjetivou o Estádio de Maussoleo a espera de uma catástrofe similar à antiga Fonte Nova.
    Continua…