Vitória importante, recuperação do Zé e cansaço preocupante – Blog do Marlon
Ainda veremos mais coisas escabrosas acontecerem
CSA tem caminhos a seguir, resta saber se serão utilizados
Posicionamento de Leandro Brasília foi o diferencial do time de Mazola Júnior - Ilustração: Marlon Araújo-Tatical Pad

Posicionamento de Leandro Brasília foi o diferencial do time de Mazola Júnior – Ilustração: Marlon Araújo-Tatical Pad

Vitória importante contra uma grande equipe, bem treinada e com um sistema tático bem definido. O CRB vencer por 3 a 1 tem o aspecto positivo do resultado, mas não podemos nos enganar com o resultado.

É complicado falar para o torcedor que viu ou ouviu ou apenas soube que o CRB venceu por 3 a 1 e com três gols de Zé Carlos que o Zé dos Gols não foi o melhor do jogo ou ainda que o CRB escapou de tomar o empate e, se tomasse o empate, dificilmente não perderia o jogo.

O CRB ainda mostra deficiência criativa, que poderá ser solucionada com a chegada dos dois últimos reforços anunciados e também mostra uma deficiência física preocupante.

Pingo, por exemplo, é um jogador muito inferior a Maxsuel. Apresenta correria, tem experiência, mas só. É péssimo na finalização e ainda não tem condições de jogar uma partida inteira em intensidade. Sérgio Raphael não é mal zagueiro, mas não reúne condições de ser titular no time do CRB. É disperso. Como Audálio foi muito bem, imagino que Gabriel volta como titular e terá ele como dupla de zaga.

Não dá para se enganar com o placar, o CRB está evoluindo, mas ainda é um time muito aquém de mostrar estabilidade na competição. Mazola tem um mérito no seu trabalho. Conseguiu transformar Leandro Brasília em um meia com posse e no cara da recomposição sem a posse. Isto oferta a linha de três um equilíbrio na transição, que faz o CRB jogar. Mas Brasília só joga 50 minutos e com ele e Pingo no time, o CRB tem duas alterações certas na partida.

Foi extremamente importante ver o Zé Carlos e o Júlio César se recuperarem. Zé Carlos com três gols marcados e o retorno da confiança. Júlio fazendo defesas gigantescas e evitando que o CRB cedesse o empate ou até mesmo tomasse a virada em um momento crucial da partida.

O caminho do CRB na Série B ainda não está traçado. Ainda há muito o que caminhar.

O jogo tático

Posicionamento do 2º tempo: CRB em bloco baixo para contra atacar - Ilustração: Marlon Araújo - Tatical Pad

Posicionamento do 2º tempo: CRB em bloco baixo para contra atacar – Ilustração: Marlon Araújo – Tatical Pad

O jogo iniciou com o CRB jogando com linha de 4 com dois zagueiros jogando juntos pela 1º vez Audalio e Sergio Rafael. A novidade na partida foi o posicionamento do atleta Leandro Brasília , ele foi o responsável pelo o tão buscado equilíbrio entre transição defensiva e transição ofensiva. Com a posse de bola, ele era o 3º meia pelo lado direito , fazendo companhia a Clebinho centralizado e pingo na esquerda. Sem a posse, estava próximo aos 2 volantes Glaydson e Olívio ,assim o CRB deu liberdade a Clebinho jogar por dentro e acompanhar o volante de menor poder de saída de bola ,além de chegar próximo de Zé carlos e Pingo.

Já o Macaé , veio no modelo de jogo 4 – 1 -4-1 bem definido tentava desacelerar o jogo e apostava nos contra-ataques. Aos 16 minutos, Pingo caiu na área e o árbitro marcou pênalti. Zé Carlos bateu rasteiro no canto direito do goleiro e, aos 17 minutos, abriu o placar e fazendo as pazes com os gols.

O gol obrigou o Macaé a sair e avançar suas linhas e chegou no mínimo três vezes com certo perigo , sendo que o CRB começava a repetir o erro de sempre: falta de criatividade no terço final do campo. Aos 36 minutos, Clebinho foi puxado dentro da área do Macaé. Mais um pênalti. Zé Carlos bateu no mesmo canto e converteu pela segunda vez, aos 37 minutos, gol e vantagem excelente para o intervalo.

Para o segundo tempo, o CRB voltou em bloco baixo, com clara intenção de jogar no erro do adversário que iria se expor e, assim permitia a posse de bola ao Macaé que voltou com Jones no lugar de Fernando Neto. Neste momento, as extremas do galo, Leandro Brasília e Pingo, não conseguiam mais manter a intensidade de jogo devido à condição física ainda não ser a ideal. O adversário aproveitava e ganhava o setor de meio campo e começou desperdiçar chances seguidas para marcar. Aos 23, o Macaé foi premiado. Depois de uma assistência do desatento Sergio Rafael , Diego , agradeceu , bateu cruzado, com muita força, sem chances para Júlio César.

O jogo ganhou contornos de dramaticidade. Julio César salvou o empate do Macaé , onde Fernando Santos livre finalizou e o camisa 1 do Galo impediu gol . No 1º contra ataque que encaixou Zé Carlos aos 39 minutos, recebeu passe de Maxwell e finalizou com extrema categoria Placar fechado no Rei Pelé.

Arbitragem nota 10 do trio goiano comandado por André Castro. No jogo que atleta faz 3 gols dificilmente ele não será escolhido como o melhor , disse dificilmente , pois ontem Zé carlos não foi melhor que Olívio um gigante , jogador sempre regular e de um poder de marcação acima da média , no momento de vulnerabilidade defensiva ele cresceu na partida e recebeu com méritos minha escolha .

Ressaltar que após falhar em Minas Gerais, o goleiro Júlio César teve a bola do jogo no pior momento do CRB o Macaé pronto para o empate ele salvou. CRB terminou a partida no seu limite físico excelente que o jogo é apenas no sábado, pois se caso fosse terça com a viagem teria extremas dificuldades !

  • santos

    Muito bom o seu comentário, concordo na íntegra.Agora, não entendo porque o Gleydson Almeida, é titular, independente do treinador.Se o amigo puder comentar a respeito eu agradeço.