Faltou o gol mas Nedo segue criando alternativas – Blog do Marlon
A evolução pouco percebida
Sucesso repetido?

CSA e CSA optaram por formas de jogar semelhantes - Ilustração: Marlon Araújo - Tatical Pad

CSA e CSA optaram por formas de jogar semelhantes – Ilustração: Marlon Araújo – Tatical Pad

.

O CSA empatou em casa com o CSE. O time azulino poderia ter vencido, matado o jogo, mas no 2º tempo correu riscos de perder a partida com contra ataques perigosíssimos. Difícil explicar ao torcedor que o CSA mostrou uma característica de time grande, marcando em cima, buscando o jogo e tentando buscar a vitória a todo custo, mas não venceu.

Nedo Xavier tem como característica do seu trabalho, jogar com velocidade, ter jogadores com possibilidade de mudança de posição e de função. Ainda falta ao time do CSA, o encaixe do meia. Rafael Granja a muito que não joga com qualidade e, Anderson Paraíba entrou muito bem, mas caiu de rendimento.

Vi um jogo com grande participação dos dois treinadores, que mexeram em suas equipes, mudaram a forma tática de atuar e tiraram do grupo, o que poderiam.

No CSA, mesmo com a criação de algumas situações, a finalização continua sendo um problema. No CSE nomes deixaram uma boa impressaõ. Hugo Sabota e Kesley foram boas surpresas.

Em termos de competição, o CSA preocupa com quatro jogos sem vencer e se o CSE seguir com este desempenho vai brigar no grupo em busca de classificação.

O jogo tático

CSA e CSE iniciaram a partida utilizando modelos de jogo semelhantes. As equipes utilizaram o 4-4-2 , sendo no losango com 3 volantes e 1 meia e dois atacantes um mais fixo e outro de mobilidade. No CSA, Sorin era a base dos volantes, Elyesser o vértice direito , Fabiano o vértice esquerdo e Rafael a ponta do losango

CSA mostrou evolução, com triangulações dos dois lados do campo - Ilustração: Marlon Araújo - Tatical Pad

CSA mostrou evolução, com triangulações dos dois lados do campo – Ilustração: Marlon Araújo – Tatical Pad

O CSA iniciou partindo para cima do CSE, criando de quatro a cinco oportunidades antes de abrir o placar aos 17 minutos, com Reinaldo Alagoano. Nedo Xavier segurava Sorin entre os zagueiros e projetava os laterais para 2º linha. Sem posse de bola marcava alto os laterais do CSE , os volantes adiantavam e assim encurralava o tricolor de Palmeira dos Indios no seu campo. O time azulino tinha triangulação pelos lados – direito com Márcio, Elyeser e Afonso, e no esquerdo Marco Antônio, Fabiano e hora o Thiago Granja, hora o Reinaldo Alagoano. CSA sobrava na partida e abusou de desperdiçar chances . O CSE só chegou com a bola pelo alto.

Colocava 7 jogadores no campo do adversário e de posse alterava o modelo para um 3-5-2 e quando Rafael Granja se projetava à frente transformava-se num 3-4-3 .

Após o intervalo, o técnico do CSA, Nedo Xavier, trocou Rafael Granja por Anderson Paraíba, que buscava mais dinâmica na transição. O meia que estreava com a camisa do CSA deu boa movimentação no início, mas depois caiu de produção. O CSE voltou mais organizado e tentou encurralar o CSA. Não demorou para o CSE empatar o placar. Aos sete minutos, Alex Murici cobrou falta e Betão subiu para desviar, empatando a partida.

No tempo complementar, Freitas ajustou o CSE: time mostrou linha de três no meio e causou problemas para o CSA - Ilustração: Marlon Araújo - Tatical Pad

No tempo complementar, Freitas ajustou o CSE: time mostrou linha de três no meio e causou problemas para o CSA – Ilustração: Marlon Araújo – Tatical Pad

Começou a aparecer o trabalho do técnico Freitas. Ele retirou Wilson e o volante Gueba colocando o jovem Kesley e o atacante Eduardo recife , e modificou o modelo para o 4-2-3-1 , e como o CSA se lançava à frente, o contra ataque sempre chegava com muito perigo. Nedo Xavier retirou Elyeser e Marco Antônio, colocou Damião e Zé Paulo , passou Fabiano para esquerda e jogava no 4-3-3 com o meio formado por Sorin e Anderson e alternativa como segundo homem de criação Zé Paulo e Afonso. CSA tinha amplitude e jogada de profundidade , mas o apoio dos laterais foi travado pelo CSE. O jogo, então, ficou aberto e o pecado foi o quesito finalização. Sem alteração no placar, a partida terminou empatada por 1 a 1.

Com a pressão do CSA, o CSE compactou e se defendeu muito bem , em alguns momentos no 4-1-4-1 , com Basílio centralizado entre as duas linhas de 4. Destaquei a boa partida do Fabiano (CSA). No CSE bom ver dois bons garotos Kesley e Hugo Sabota, mas o jogador que fez uma partida muito acima dos demais foi o zagueiro Betão. Charles e seus auxiliares receberam nota 8.

  • Luciano Rios

    Parabéns Marlon análise perfeito!

  • Luciano Rios

    Parabéns Marlon, o caras só analisa o placar e esquece de ver o jogo!

  • José Wilton

    O presidente do CSA disse à radio Difusora que o time agora tem 2, 3, 4 jogadores para cada posição – o que é um équivoco grotesco – mas, se tinha um lateral esquerdo de origem, o Paulinho, no banco, por que diabos improvisar um volante no lugar?

  • Márcio

    Ótima análise. Fui ao jogo, ouvi comentários na rádio e de torcedores, não concordo com o que ouvi. Até que enfim uma análise digna do que foi o jogo.
    O Blog do Arivaldo apenas está destacando apenas as defesas do Jeferson. Entendo a posição dos torcedores, mas o resultado não pode afetar o comprometimento do trabalho. É verdade que o time não ganha a quatro jogos, mas também não perde desde a entrada de Nedo.
    Hoje a situação é parecida com a do ASA no primeiro turno. Para quem não lembra, o ASA, mesmo invicto, chegou a estar na lanterna do primeiro turno por apenas ter empatado.
    A torcida já está pedindo a cabeça de metade dos jogadores. Mais um empate e vai pedir a do técnico também.
    O pior é que a diretoria amadora cai na onda da torcida.